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A mãe das epidemias

por  Cristovam Buarque, colaborador 

Não há dúvida de que a dengue é um dos grandes problemas da saúde brasileira no momento. Além do sofrimento físico de milhares, e da morte precoce de tantas pessoas, inclusive de crianças, o País tem um prejuízo, por causa da fuga de turistas e dos custos médicos e hospitalares, que poderia ser evitado. Mas essa não é a única epidemia que se espalha pelo Brasil de hoje. Nosso país vive uma epidemia de epidemias.

Nosso sistema de saúde é um causador de mortes e desconfortos ainda mais graves do que a própria doença. Além da dengue, temos lepra, febre amarela e outras doenças que já não deveriam fazer parte do mundo moderno. Além disso, nossos hospitais e postos de saúde são caracterizados por longas filas de pessoas sofrendo na espera de atendimento.

A violência urbana mata mais brasileiros, pelas mãos uns dos outros, do que pelas picadas de mosquitos. Carros também provocam milhares de vezes mais mortes e mutilações do que o Aedes Egyptis. O Brasil vive a epidemia de uma guerra civil. Não só os acidentes, as horas perdidas no caos do trânsito são uma forma de epidemia, sem febre nem morte, mas que rouba a vida aos poucos, perdida no vazio do tempo parado. Gera neuroses que se somam, crescem e duram por anos, às vezes para sempre. Sabe-se inclusive que o aumento de automóveis terminará em breve paralisando totalmente as grandes cidades, mesmo com o uso de recursos financeiros gigantescos para a construção de vias, viadutos e túneis. Será mais do que uma epidemia, a morte anunciada do sistema de trânsito urbano, com todas suas conseqüências para a população.

A deseducação é uma epidemia que contamina os cérebros da população brasileira, fazendo-nos um povo sem a produtividade econômica nem a mobilidade social que a modernidade exige e permite; somos um país que fica para trás em relação aos outros, e que deixa as pessoas para trás aqui dentro.

O desemprego – principalmente por causa da falta de qualificação profissional –, o sofrimento e a carência de milhões de brasileiros e suas famílias, por causa da falta de emprego, não são menores do que as dores provocadas pela dengue. O analfabetismo de 16 milhões de adultos é uma epidemia que o Brasil insiste em não controlar. A cada dia letivo, 1450 crianças, 60 por minuto de aula, abandonam a escola, ficando para trás definitivamente, sem concluir o ensino médio. Essa é uma epidemia que aflige não só os brasileiros, mas compromete gravemente a saúde do País.

O que estamos fazendo na Amazônia é uma epidemia com as florestas. As moto-serras e os tratores, nas mãos de brasileiros, estão destruindo o maior patrimônio natural da humanidade.

Todas essas epidemias e outras mais têm uma causa. Nosso pior mosquito se chama imprevidência. Começando pela dengue: ela se espalha pela imprevidência das autoridades e de cada um de nós, que fechamos os olhos hoje para o que vai acontecer amanhã.

Por trás de cada um dos nossos problemas de hoje está alguma omissão no passado. A epidemia de dengue é um símbolo, uma metáfora viva que nos adoece, envergonha, empobrece, mas que também poderia nos despertar. Fazer-nos olhar ao redor, e reconhecer o que falta fazer. Fazer-nos perceber que somos parte de um todo, e que o nosso individualismo, sem compromisso com o conjunto do país, e nossa miopia, na forma de olhar para o futuro, são as causas de todas as nossas epidemias. Talvez assim, diante da tragédia que nos assola, tomaríamos consciência da necessidade de acabar com a imprevidência, a mãe de todas as epidemias.

Básico só no nome

por  Walder Junior, colaborador 

A ONU provou e comprovou que a cada 1 real gasto em saneamento são 4 reais economizados em gastos com saúde. Não é a toa a epidemia dengosa que assola a antiga capital da república, e não é a toa que nós compactuamos com boa parte dessa culpa.

Bom, ao ritmo que vamos, aqui no Brasil, seria necessário 56,5 anos para atingir a meta da ONU para redução da extrema-pobreza. 51,5% dos domicílios não tem acesso à rede de esgoto e o crescimento deste acesso é de 1,59% ao ano. Seria necessário aplicar 0,63% do PIB ao ano para que todos tivessem acesso ao tratamento e à coleta de esgoto no país, hoje são aplicados 0,22%.

A tragédia da queda de um avião com 200 pessoas, matando todos a bordo, definitivamente é uma tragédia, mas isto acontece todos os meses com crianças de 0 a 6 anos no Brasil por falta de saneamento básico.

Peço, encarecidamente, que nessas eleições municipais nos atentemos para questões esquecidas mas de vital importância para a população.

Atenção! Sem saneamento não há educação e nem desenvolvimento. Este ano é o ano internacional de saneamento e saúde, que o PAC pense nisso!

Fonte: Trata Brasil (FGV) e PNUD

Y Ikatu Xingu

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foto: Orlando Britto

A expressão, na língua Kamaiurá (Kamaiurá é um dos povos xinguanos) quer dizer “Água Boa, Água Limpa do Xingu ”.

Em meados nos anos 1990, as lideranças do Parque Indígena do Xingu, no nordeste de Mato Grosso, manifestaram sua preocupação com a situação da ocupação e do desmatamento no seu entorno e com assoreamento dos rios que cortam a área.

O Parque Indígena do Xingu é um dos maiores símbolos da diversidade sócio-cultural e biológica do Brasil. Criado em 1961, é uma das terras indígenas mais conhecidas do País, abrigando 14 etnias e cerca de cinco mil pessoas. A criação do Parque resultou do trabalho dos mais importantes sertanistas brasileiros, entre eles os irmãos Villas-Bôas.

O ISA (Instituto Socioambiental), que atua na região desde 1994, por meio do Programa Xingu, incorporou a questão e desenvolveu a idéia juntamente com vários parceiros – índios, fazendeiros, agricultores familiares, pesquisadores, organizações da sociedade civil entre outros.

As nascentes ficam do lado de fora do parque do Xingu e desaguam dentro dele, escorrem para ele. Como estão localizadas fora do parque, estas nascentes sofrem com o problema de desmatamento, próximas à cidades e sem proteção.

Eu sei que temos visto os descasos com o cidadão e às vezes nos sentimos desamparados, epidemia de dengue no Rio de Janeiro, abandono de estradas, roubalheira, mas se tem uma coisa que caracteriza este povo é a solidariedade, a vontade de ajudar, o jeito que encontramos para resolver problemas. O engraçado, ou felizmente, é que na maioria das vezes camapanhas como esta do Xingu tem como fonte de financiamento embaixadas, organizações internacionais e fundações estrangeiras.

Participe! http://www.yikatuxingu.org.br

Olhemos o espelho

por  Cristovam Buarque, professor, senador e colaborador

Nesta semana, lembrei de um colega de curso primário, Fernando Acosta Rodrigez, o melhor aluno da turma, filho de espanhóis bem recebidos no Brasil, há quase 60 anos. Hoje, Fernando é tão brasileiro como qualquer de nós, e deve ter ficado indignado com o comportamento dos funcionários de fronteira do aeroporto de Barajas, que impediram brasileiros de entrar na Espanha porque não comprovaram dispor de dinheiro suficiente para ficar no país.

Com razão, reclamamos do fato dos jovens brasileiros serem barrados na fronteira da Espanha quando iam fazer um curso. Mas nós mesmos não deixamos entrar nas boas escolas os filhos daqueles que não podem pagar as mensalidades. Os muros das nossas escolas são tão protegidos quanto as fronteiras dos aeroportos do mundo. Ainda pior, porque se o imigrante consegue entrar, pode ficar anos circulando clandestinamente; mas nas escolas e faculdades, se o aluno não pagar, as catracas automaticamente o barram na próxima vinda à aula.

No Brasil, a entrada de qualquer hospital de qualidade é protegida por barreiras mais difíceis de atravessar do que as fronteiras européias. Para entrar, não basta estar doente, é preciso ter dinheiro, conta bancária, documentos de seguro em dia. As exigências da portaria do hospital brasileiro são muito mais rígidas do que dos aeroportos na Espanha.

Se um brasileiro pobre conseguir pagar o ônibus para ir a um shopping, corre o risco de ser abordado pelo segurança e convidado a se retirar, porque não parece pertencer àquele mundo de consumo, por causa da roupa, do chinelo, dos dentes. Ou simplesmente porque, para os guardas, ele representa uma ameaça aos privilegiados freqüentadores, tanto quanto, para os guardas de fronteira espanhóis, nós somos uma ameaça aos privilegiados habitantes da Comunidade Econômica Européia.

Ver nossos compatriotas impedidos de entrar na Espanha é um absurdo que deve nos indignar, mas não nos esqueçamos dos 16 milhões de brasileiros adultos impedidos de entrar na modernidade porque não receberam as condições para serem alfabetizados. Criticamos o excesso de zelo nas fronteiras espanholas impedindo a entrada de brasileiros naquele país, para estudar ou trabalhar, e nos esquecemos da nossa falta de zelo de permitir que os brasileiros recebam a educação e a formação profissional para entrar no mundo do trabalho.

Precisamos manifestar nossa indignação com o comportamento dos países ricos que a cada dia dificultam mais o ingresso de turistas, estudantes, trabalhadores em busca de alternativas melhores no exterior. Mas precisamos olhar no espelho de nossa própria sociedade, e nos perguntarmos por que só merece crítica o comportamento dos policiais da fronteira contra alguns brasileiros que vão ao exterior, ignorando o comportamento do emaranhado de fronteiras dentro do Brasil contra os brasileiros que desejam alguma alternativa aqui dentro.

O Brasil é um país dividido por fronteiras tão rígidas quanto as do aeroporto de Barajas ou qualquer outro de um país rico. Nós barramos os brasileiros.

E há uma fronteira pior: a dos olhos fechados, da falta de percepção para ver estas fronteiras contra os brasileiros pobres. E que é capaz de provocar a recusa de artigos como este, dizendo que é muito diferente o impedimento de um turista entrar em um país estrangeiro e de um doente entrar em um hospital em seu próprio país. Diferente contra que lado do espelho: dos espanhóis ou dos brasileiros?

Parabéns Zé!

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por  Walder Junior, colaborador

 No domingo, dia 16 de março, José Dirceu completou 62 anos de vida. Vida marcada por movimentos estudantis, ditadura, luta armada, exílio, Cuba, Partido dos Trabalhadores, Governo e escândalos.

Parabéns Zé, por fazer parte do cenário político brasileiro seja lutando por um Brasil melhor, seja ajudando a fundar uma das maiores forças políticas de oposição, o PT. Palco seu, este, por muito tempo e ainda o é.

Parabéns Zé, pelos abraços e felicitações de políticos influentes e amigos de longa data que prestigiaram sua festa, o Palocci, Zé Múcio, Zé Genoino, a “Mãe do PAC”, Hélio Costa e outras personalidades que sempre aparecem aqui e ali para o nosso deleite político.

Parabéns Zé, pelo blog para discutir um Brasil mais justo, pela resposta às denúncias infundadas da revista Veja, pelo discurso da queda onde disse que saía mas não deixava de governar. 

Agora, parabéns mesmo Zé, por nos alertar e nos lembrar que as pessoas mudam, da água para o vinho, do vinho para a água ou até mesmo dá água para outra água, mais suja, contaminada, bebida por muitos nesse país.

Você mudou e sabe disso, melhor, nós sabemos!  🙂

Roda Viva

A TV Cultura e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) assinaram, no dia 14 de junho de 2007, um acordo de cooperação que coloca no ar o Portal Roda Viva/Fapesp. O novo site, em caráter experimental, permitirá o acesso às transcrições das entrevistas realizadas no Roda Viva nos últimos 21 anos, na íntegra.

No Portal, o internauta também poderá pesquisar temas que foram abordados e/ou citados durante os programas, por meio de um mecanismo de busca que identifica palavras-chave. Além disso, será possível assistir trechos das entrevistas.

O Portal disponibilizará as transcrições das entrevistas, que somam mais de mil personalidades e temas que estiveram no centro do Roda Viva. Lá, podemos rever a entrevista do então, sem cargo, Luíz Inacio LULA da Silva criticando FHC e falando de seu amadurecimento político. Outras entrevistas como a do próprio FHC, como presidente da república, fazendo um balanço de seu segundo mandato. Fernando Collor de Melo, Cristovam Buarque, Telê Santana, Darcy Ribeiro, Steve Ballmer, Raúl Alfonsín, Paulo Francis, Roberto Jefferson entre outros.

Vale a pena dar uma olhadinha e rever estas entrevistas com formadores de opinião e personalidades do Brasil e do mundo. Você vai ver e ouvir coisas interessantes e coisas não tão interessaaaaaaaantes assim.

http://rodaviva.fapesp.br

Uma tribo chamada Canadá

por  Walder Junior, colaborador, analista de sistemas e blogueiro 

Outro dia, comendo uma deliciosa carne de sol com minha família, ao pegar um pedaço de mandioca daquelas que estão derretendo, meu pai disse: “Graças aos índios podemos comer esta maravilha.”

O que foi ou o que é feito com nossos verdadeiros BRASILEIROS ? Lembro-me das aulas de história do Brasil no primeiro grau e lembro claramente do quão chata era a parte que falava sobre nossos índios, pelo menos pra mim. Nossos índios… os quais só vim prestar à atenção, digo isso sinceramente, quando alguns jovens de classe média de Brasília, no auge de minha adolescência, atearam fogo a um representante da tribo Pataxó que dormia no ponto de ônibus.

Meu Deus, não basta o extermínio proposital, violento e epidemiológico de mais de 700 povos indígenas desde o descobrimento, temos que tratá-los mal, com indiferença, tirar vantagem, como se não fôssemos parte deles, da vida, do sague?

Esta semana li uma matéria no Correio Braziliense que retrata exatamente a tentativa de sedução do índio, pelo “homem branco”. Não se trata mais de espelhos, penduricalhos, roupas, mas sim viagens ao Canadá. Uma comitiva da Comissão Especial de Mineração em Terras Indígenas esteve em Roraima para convencer uma tribo Yanomami a liberar a exploração de minério de ferro em suas terras. A denúncia foi feita pelo intérprete Davi Kopinawa que acompanhou a comitiva. Davi afirmou que convidaram o cacique para ir ao Canadá ver como é feita a exploração do minério.

Os deputados mencionados são: Eduardo Valverde (PT/RO), Édio Vieira Lopes (PMDB/RR) e Márcio Junqueira (DEM/RR).

Será que no canadá tem mandioca ? e Escondidinho ?

Acordo para sede da TV Brasil

por  Marcelo Rocha
Da equipe do Correio 

Representantes das bancadas do Distrito Federal e do Rio de Janeiro na Câmara tentaram ontem costurar um acordo sobre a cidade que sediará a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a TV Brasil. O grupo definiu como proposta fixar a sede administrativa e foro jurídico da empresa em Brasília e manter na capital carioca o principal centro de produção. O texto do acordo, no entanto, não impede que o DF e outras capitais mantenham estruturas dedicadas à produção, o que ocorre em Brasília, onde funciona a Radiobras, e São Luís, onde existe uma filial da TV Educativa.

Na semana passada, quando o plenário discutia os destaques da MP que cria a emissora — aprovada em primeiro turno — , houve polêmica em torno do endereço da futura sede da empresa. Havia um entendimento para votação simbólica, mas o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) pediu votação nominal por discordar da emenda do colega Jofran Frejat (PP-DF), que define Brasília como endereço oficial da tevê. Não foi possível contornar o impasse. Até porque os líderes partidários estavam ausente por causa da reunião do Conselho Político no Palácio do Planalto.

Rodrigo Rollemberg (PSB), Geraldo Magela (PT), Rodovalho (DEM) e Frejat, representando Brasília; e Eduardo Cunha (PMDB), Leornado Picciani (PMDB), Jorge Bittar (PT) e Hugo Leal (PSC), da bancada do Rio, tentaram chegar a um acordo. O grupo avaliou que Brasília deve ser a sede oficial dos órgãos públicos federais, mas entendeu que é inviável transferir para cá toda uma estrutura (equipamentos e pessoal) montada do Rio — pensamento da cúpula da TV Brasil. Participaram também da reunião o líder do governo na Casa, Henrique Fontana (PT-RS) e o petista Walter Pinheiro.

“É uma tentativa de acordo. A proposta reconhece o Rio como importante centro de produção, mas Brasília receberá a sede e também contará com uma unidade de produção, aproveitando a estrutura da Radiobras”, afirmou Rollemberg. Segundo ele, os representantes do Rio ficaram de levar a sugestão aos demais integrantes da bancada. A votação da MP que cria a emissora deverá ser retomada hoje. Houve uma tentativa de analisar a proposta ontem, mas faltou quorum.

Nosso colaborador Pedro larcerda- Cineasta em post recente ” TV PÚBLICA PRECISA SER PÚBLICA DE FATO   ” levantou esta questão, finalmente, a bancada do DF e RJ , buscam um acordo. Vamos ficar de olho!!!

Parabéns mulheres: 76 anos de voto feminino no Brasil:

por Lairson Giesel, colaborador. 

O Política Direta homenageia as mulheres brasileiras pela conquista do direito de voto há 76 anos.

Felizmente, nas últimas eleições a força da mulher na política tem crescido muito, fato que pode ser observado pelo numero crescente de candidatas a todos os cargos eletivos e a preocupação dos candidatos com a maior fatia do eleitorado que há tempos já são “elas”.

 Este ano não será diferente… certamente teremos cada vez mais a presença feminina nas estruturas de poder brasileiras. Talvez quem sabe, com a força feminina, a moralização se instale no lugar dessa esculhambação que aí está.

 Artigos relacionados: http://jps-sc.blogspot.com/2008/02/76-anos-de-voto-feminino.html

TV PÚBLICA PRECISA SER PÚBLICA DE FATO

por Pedro Lacerda, colaborador e cineasta. 

Está acontecendo, ainda que veladamente, uma acirrada queda de braço para decidir onde será instalada a Sede da TV (Brasil) Pública. O Correio Braziliense publicou hoje matéria sobre o assunto, mas não disse nada sobre a disputa. Além disso, é importante que todos saibam que, as porcentagens destinadas a produção do programas para a grade da nova TV, é de extrema importância para todos nós. Isso significa dizer o seguinte, se a TV ficar com 85% do poder de produção, outro setor com 10% e outro com 5%, como está mais ou menos proposto na MP, essa TV já vai começar torta e empenada. Todo poder vai estar em suas mãos e assim, o conceito de “PÚBLICA” não vai existir. Ideal seria que as produções independentes fossem a maioria, que a TV produzisse menos, veiculasse mais e que a sociedade pudesse ter de fato participação na gestão desse novo e importante modelo de TV no Brasil.

Importante também, é lembrar que haverá a injeção de milhões de reais por ano para a produção de programas e conteúdos para essa TV Pública, dinheiro que poderá ficar em Brasília e gerar imediatamente milhares de empregos se a sede da TV ficar por aqui. De outra sorte, se assim não for, assistiremos ao antigo dilema: produções do Rio de Janeiro sendo veiculadas para todo o país. Mantendo assim, o velho modelo da centralização do poder e de recursos no mesmo lugar de sempre, desconsiderando a necessidade da Regionalização da Produção Cultural.

Importante também, é ficar atento aos novos passos que serão dados a partir de agora no Senado. Por ex: como será feita a contratação de mão-de-obra (concurso público), local da sede e outros importantes temas referentes a rua regulamentação, etc. (relator da matéria na Cãmara é o Deputado Walter Pinheiro-PT-BA)

Pois bem, caros companheiros, inicialmente estou apenas levantando alguns pontos que considero importante para todos nós sem aprofundar muito no que diz respeito ao conceito de TV Pública. Lembrar, também que TV Estatal respeita outro tipo de conceito, e creio eu, todos tem idéia de como seja porque é o modelo vigente. De qualquer forma, precisamos discutir melhor os pontos que diz respeito a produção cultural e sobretudo,  sobre a importância da Regionalização da Produção Cultural no País.

A luta está apenas começando! Abraços a todos (a)